Olá a todos e um bom ano de trabalho.
Neste 1º dia de aulas na Escola EB 2,3 de Beiriz, gostaria de deixar aqui, neste blog que tanto prezo, alguns dos trabalhos dos meus alunos. Sei que ele não se presta a este género informação e/ou trabalho, mas julgo pertinente partilhar o quanto se pode fazer usando O Imaginário nas aulas de Língua portuguesa com “gente” cuja idade é considerada problemática e avessa à leitura.
Para todos os envolvidos, o ano lectivo anterior foi protagonista no exercício da leitura e da reescrita. De acordo com as diferentes temáticas apresentadas, os alunos dos 7º, 8º e 9º anos integraram um projecto de parceria com a Biblioteca da Escola e realizaram diferentes trabalhos de escrita para os três fóruns de leitura. De referir que vários trabalhos conseguiram surpreender-nos, quer pela componente estético-linguística que os distinguia, quer pela originalidade.
Cheguei a dizer que, se os trabalhos fossem bons nos vários domínios a cumprir, os colocaria no blog: Mediadores, Livros e Leitores (que eles entretanto já consultavam). Fiquei muito contente com alguns deles e, se “o prometido é devido”, como diz o velho ditado, parece-me não poder faltar à promessa. De facto, na sua quase totalidade (reporto-me aos seleccionados) os trabalhos são bons. Uns de muito boa qualidade, outros mais medianos, mas todos de uma grande significação para mim (que os orientei) e para as minhas colegas de parceria nesta coisas das leituras, que os leram com entusiasmo e também ajudaram na sua correcção. Fica então um muito obrigado às professoras Isabel Silva (que pacientemente ouviu as demais propostas) e Manuela Ramos (que tão gentilmente cedeu os livros da B.E. e também “agarrou” este projecto).
Aos meus alunos deixo um “obrigada” (muito particular) pelos momentos de permuta que tanto nos enriqueceram; aos autores das demais obras, um outro “obrigada”, com um apontamento de grande satisfação; aos restantes participantes, uma nota de incentivo pois muitos mais vão ser os trabalhos a desenvolver.
Neste 1º dia de aulas na Escola EB 2,3 de Beiriz, gostaria de deixar aqui, neste blog que tanto prezo, alguns dos trabalhos dos meus alunos. Sei que ele não se presta a este género informação e/ou trabalho, mas julgo pertinente partilhar o quanto se pode fazer usando O Imaginário nas aulas de Língua portuguesa com “gente” cuja idade é considerada problemática e avessa à leitura.
Para todos os envolvidos, o ano lectivo anterior foi protagonista no exercício da leitura e da reescrita. De acordo com as diferentes temáticas apresentadas, os alunos dos 7º, 8º e 9º anos integraram um projecto de parceria com a Biblioteca da Escola e realizaram diferentes trabalhos de escrita para os três fóruns de leitura. De referir que vários trabalhos conseguiram surpreender-nos, quer pela componente estético-linguística que os distinguia, quer pela originalidade.
Cheguei a dizer que, se os trabalhos fossem bons nos vários domínios a cumprir, os colocaria no blog: Mediadores, Livros e Leitores (que eles entretanto já consultavam). Fiquei muito contente com alguns deles e, se “o prometido é devido”, como diz o velho ditado, parece-me não poder faltar à promessa. De facto, na sua quase totalidade (reporto-me aos seleccionados) os trabalhos são bons. Uns de muito boa qualidade, outros mais medianos, mas todos de uma grande significação para mim (que os orientei) e para as minhas colegas de parceria nesta coisas das leituras, que os leram com entusiasmo e também ajudaram na sua correcção. Fica então um muito obrigado às professoras Isabel Silva (que pacientemente ouviu as demais propostas) e Manuela Ramos (que tão gentilmente cedeu os livros da B.E. e também “agarrou” este projecto).
Aos meus alunos deixo um “obrigada” (muito particular) pelos momentos de permuta que tanto nos enriqueceram; aos autores das demais obras, um outro “obrigada”, com um apontamento de grande satisfação; aos restantes participantes, uma nota de incentivo pois muitos mais vão ser os trabalhos a desenvolver.
Gisela Silva
Cá vos deixo um dos primeiros trabalhos. Outros se seguirão. Acredito que vão gostar de ler os que os nossos alunos sabem fazer numa atitude de fruição e aprendizagem.
2007/2008
Pequeno comentário à obra
A Rosa do Egipto do Triângulo Jota:
Álvaro Magalhães é, como todos sabem, um prestigiado escritor que escreveu, entre muitos outros livros, a colecção Triângulo Jota, composta, até agora, por dezasseis obras. Este “imaginador”, como ele próprio se denomina, também sabe criar quando se trata dos mais velhos. A nossa professora, trouxe algumas para dentro da sala de aula.
Relativamente a: A Rosa do Egipto (livro que quisemos trabalhar), o mistério e o suspense fazem com que tenhamos cada vez mais vontade de chegar ao fim, longo o nosso interesse pela leitura não é fingido. Em todos os livros, os três jovens formam um conjunto perfeito: a Joana tem sempre o seu instinto apurado, o Jorge é a força do grupo, o Joel, por sua vez, é o intelectual, o pensador.
Assim, quando estão metidos em alguma alhada, todos conseguem sempre sair ilesos, pois apoiam-se e protegem-se uns aos outros.
A Rosa do Egipto, cujo enredo começa na altura do Natal, na confusão das compras (o que nos poderia levar a pensar num mistério numa rua, loja, tenda, ou casa qualquer) roda em volta do Egipto, o que nos faz voar até às pirâmides egípcias e aos seus túmulos ricamente decorados com inscrições coloridas, profundamente simbólicas.
Aqui, as rosas azuis também são um mistério. Tal como o enigma da pirâmide (que só aparece ao meio-dia), as rosas, não só por serem azuis mas também por ser Dezembro e haver rosas, levam-nos à riqueza simbólica do texto. Aventura, ilusão, empreendimento, tudo se mistura com a vontade e a força de criar um mundo ficcional e, de facto, nos últimos capítulos tudo se torna um mistério e a leitura faz-se de forma empolgante.
As emoções do último capítulo são visíveis quando o João dá a mão ao pobre velho momentos antes de este morrer. Sei que é difícil perder alguém que nos é querido, mas pior ainda é ver um pessoa morrer à nossa frente. O escritor soube narrar bem o episódio e mostrar que a leitura para os mais jovens também se faz de coisas e factos muito reais.
Daniela Santos, 8ºC
Pequeno comentário à obra
A Rosa do Egipto do Triângulo Jota:
Álvaro Magalhães é, como todos sabem, um prestigiado escritor que escreveu, entre muitos outros livros, a colecção Triângulo Jota, composta, até agora, por dezasseis obras. Este “imaginador”, como ele próprio se denomina, também sabe criar quando se trata dos mais velhos. A nossa professora, trouxe algumas para dentro da sala de aula.
Relativamente a: A Rosa do Egipto (livro que quisemos trabalhar), o mistério e o suspense fazem com que tenhamos cada vez mais vontade de chegar ao fim, longo o nosso interesse pela leitura não é fingido. Em todos os livros, os três jovens formam um conjunto perfeito: a Joana tem sempre o seu instinto apurado, o Jorge é a força do grupo, o Joel, por sua vez, é o intelectual, o pensador.
Assim, quando estão metidos em alguma alhada, todos conseguem sempre sair ilesos, pois apoiam-se e protegem-se uns aos outros.
A Rosa do Egipto, cujo enredo começa na altura do Natal, na confusão das compras (o que nos poderia levar a pensar num mistério numa rua, loja, tenda, ou casa qualquer) roda em volta do Egipto, o que nos faz voar até às pirâmides egípcias e aos seus túmulos ricamente decorados com inscrições coloridas, profundamente simbólicas.
Aqui, as rosas azuis também são um mistério. Tal como o enigma da pirâmide (que só aparece ao meio-dia), as rosas, não só por serem azuis mas também por ser Dezembro e haver rosas, levam-nos à riqueza simbólica do texto. Aventura, ilusão, empreendimento, tudo se mistura com a vontade e a força de criar um mundo ficcional e, de facto, nos últimos capítulos tudo se torna um mistério e a leitura faz-se de forma empolgante.
As emoções do último capítulo são visíveis quando o João dá a mão ao pobre velho momentos antes de este morrer. Sei que é difícil perder alguém que nos é querido, mas pior ainda é ver um pessoa morrer à nossa frente. O escritor soube narrar bem o episódio e mostrar que a leitura para os mais jovens também se faz de coisas e factos muito reais.
Daniela Santos, 8ºC
2007/2008
A partir do estudo da obra dramática “Antes de começar”, de Almada Negreiros, realizamos um trabalho de grupo que achamos poder ser partilhado com outros leitores.
O Boneco
O Boneco chegou a esta Companhia de Teatro, há 2 anos, mais precisamente, no mês de Abril. Desde então esta Companhia tem tido um grande sucesso e o Boneco está satisfeito com o trabalho que tem vindo a desenvolver. Hoje, irá dar mais uma entrevista. Contamos com a presença da prestigiada revista “Marionetas”
Marionetas: Boa tarde. Soubemos que esteve adoentado, já está completamente recuperado?
Boneco: Bem, não foi nada de grave, mas no nosso último espectáculo fiquei com os cordões todos entrelaçados e um dos nós magoou-me imenso.
Marionetas: Sabemos que gosta de trabalhar nesta Companhia de Teatro. Qual o balanço destes 2 anos?
Boneco: É um balanço positivo. Durante este tempo todo, realizamos duas digressões pelo país e atingimos os nossos objectivos. Acho que contribuí para alguns dos melhores espectáculos das duas digressões que já realizamos e isso torna-me feliz.
Marionetas: Sente que se sair no final da próxima digressão, que o faz com o sentido do dever cumprido?
Boneco: Não sei se vou sair no final desta digressão, mas se isso acontecer, parece-me que poderei sair de braços abertos e com um olhar de confiança. Parece-me, contudo, que ainda é muito cedo para falar nisso.
Marionetas: Vamos imaginar que irá sair desta Companhia, que outra o seduziria?
Boneco: Estou apenas concentrado no trabalho que desenvolvo aqui e na digressão deste ano, o resto não me interessa.
Marionetas: Já pensou alguma vez representar em televisão?
Boneco: É o sonho de qualquer actor, mas para já não está nos meus planos.
Marionetas: Quando aqui chegou o que lhe mais chamou à atenção?
Boneco: Sem dúvida a minha parceira Boneca, que é uma excelente profissional e uma amiga como poucas.
Marionetas: Como se sente, sabendo que não é a única marioneta que consegue falar?
Boneco: Sinto-me bem, porque posso comunicar. Antes de descobrir que a Boneca também falava eu não tinha com quem conversar. Já imaginou gente da nossa idade sem falar ou sem comunicar abertamente? Um horror, sem dúvida. Ouvi dizer que os jovens de hoje estão um pouco assim, sozinhos, isso não é benéfico. Todos temos de relacionarmo-nos.
Marionetas: Claro. E por falar nisso, tem alguma relação com Boneca e/ou já tiveram?
Boneco: Já tivemos uma relação, mas uma relação de dois adolescentes, igual à de todos os adolescentes.
Marionetas: Ainda pensa na boneca?
Boneco: Sim, mas só a vejo como uma boa amiga. Bem, já se faz tarde. Se não se importam…
Marionetas: Claro. Muito obrigado pela sua atenção. Quer deixar uma mensagem aos jovens?
Boneco: Sim, claro. Não lhe tomamos mais tempo. Sejam felizes. Escutem o vosso coração!
Os alunos: Joaquim Correia e Miguel Costa, do 8º C
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