Heinrich Heine disse 100 anos antes do holocausto que "Onde se queiman livros, queimar-se-ão em seguida homens". De facto, entre 1933 e 1935 queimaram-se 100 molhões de livros na Europa nazi e de seguida cumprindo-se a profecia de Heine queimaram-se 6 milhões de judeus.
O primeiro auto de fé depois da inquisição, ocorreu em Berlim e alguns dos livros que se queimaram provinham da antiga biblioteca de Magnus Hirshgeld. Os livros de autores alemães de origem judaica foram os mais visados mas também de Ernst Hemingway e Aldous Huxley, Jack London, Upton Sinclair e John dos Passos.
Os livros e a literatura devem possuir mesmo um grande poder para serem objecto de tamanho ódio e tão grande animosidade.
Shyloc, na peça Mercador de Veneza de Shakespeare, diz:
Um livro é um livro. É papel tinta impressão.
Se o apunhalam, não sangra. Se o queimam, não grita.
Queimem-se milhares, queime-se um milhão.
Que diferença pode isso fazer?
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