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05 junho, 2007

Todos diferentes todos iguais







COTRIM, João Paulo e Corbel, Alain (2003): A Cor Instável, Porto: Afrontamento. ISBN:972-36-0635-6


Este livro é escrito por João Paulo Cotim. Nasceu em Lisboa, em 1965. Sendo free-lance ainda se acha jornalista. Dirigiu, a Bedeteca de Lisboa, desde a sua abertura até 2002, tendo em consequência organizado um sem número de edições, iniciativas e exposições. Colabora com o programa Sociedade das Belas Artes, da SIC Notícias. Faz crítica de livros no jornal Expresso e de banda desenhada na revista Magazine Artes. É autor de Mar de Tinta, O Perigoso Salto entre um e outro Quadradinho. Assinou A Narrativa do Século – Dois ou três apontamentos sobre a picaresca viagem da banda desenhada pelo século XX incluída em A Arte no Século XX. O seu ilustrador foi Alain Corbail este nasceu na Bretanha (França), em 1965 e reside desde há alguns anos em Portugal. Decidiu tornar-se ilustrador quando se apercebeu de que era uma prática bastante flexível de acompanhar o viajante nas suas deambulações geográficas. Ilustro livros como: O Pássaro Verde, de Alice Vieira, 1994.O Conto do Nadador, de Lídia Jorge, 1996.Yaylalar,2000.Contos da Terra do Dragão, 2000.As Viagens de Gulliver de Jonathan Swift, de Luísa Ducla Soares, 2002.Contos e Lendas de Macau, de Alice Vieira, 2002
Trata-se de um livro quadrangular de capa dura onde o texto icónico predomina sobre o escrito. É pautado pela construção criativa e, também, pela inovação semântica, por exemplo, no que diz respeito ao desenvolvimento diegético. É um álbum destinado a crianças entre os 2e 8 anos (especialmente).Sendo afinal a personagem uma cor (com configuração humana) nota-se desde o titulo a valorização linguística e pictórica desta e a trajectória é relatada, em exclusivo, no texto. Toda a acção se desenvolve em torno de uma situação de conflito individual em que se debate uma excepcional e solitária Cor ou um estado de desequilíbrio que veremos resolvido completamente e positivamente no desfecho da diegese. O inicio dá-se de uma forma visivelmente económica e condensada do ponto de vista linguístico - “A cor especial sentia-se só”. Em contrapartida, do ponto de vista pictórico, há uma maior valorização pois o desenho ocupa as duas páginas iniciais representando um espaço no qual se inclui, além dos elementos participantes da representação espacial, a protagonista deste história com uma expressão triste. A componente pictórica encontra-se incutida de fortes marcas não só de âmbito maravilhoso, mas também da ordem do absurdo onde um conjunto de traços promove o cómico a partir da recriação visual da história contada. As palavras e as ilustrações oferecem uma junção bem concebida, que poderá contribuir para o estímulo da competência literária e para a promoção do gosto estético e do prazer de uma leitura autónoma.Sendo a personagem principal uma cor é uma forma divertida de trabalhar os sentimentos com as crianças pois podem entender melhor como se sentem em situações parecidas com as contadas na historia identificando-se com a personagem.

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